Nos jornais constava que a Igreja não tinha afinal acordado com o Governo a suspensão permanente dos feriados religiosos eleitos; tratava-se apenas de uma suspensão temporária devido à crise, pelo que daqui a dois anos tudo voltaria ao mesmo. A meu ver esta notícia é muito interessante, por duas razões distintas.
Em primeiro lugar, a ser verdade, mostra mais uma vez uma certa falta de transparência e/ou honestidade nas suas declarações. Embora não seja nem novo nem exclusivo deste Governo não deixa de ser um assunto preocupante e digno de cabeçalhos.
Em seguida e em lugar de destaque não pude deixar de estranhar a palavra "acordado" associada à Igreja e ao tema do cancelamento de feriados. Provavelmente sou eu que ando meio alheado, mas nunca pensei que a Igreja tivesse voto na matéria. Pelo menos a título oficial. De facto considero extremamente negativo e até perigoso que uma organização religiosa tenha tanto poder de decisão em questões com claras implicações políticas e económicas. Já basta os bitates inoportunos do outro bispo. A História mostra que misturar governação com religião não é lá grande ideia. Espero que seja só um resquício residual e insignificante.
Filipe Baptista de Morais
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Parece-me uma questão de diplomacia. Desconfio que tenham, efectivamente, algum voto na matéria.
ResponderEliminarTambém pensava que não, mas a tal notícia dava a impressão contrária. Tentei confirmar a existência desse "poder" da Igreja mas nunca vi mais nenhuma notícia sobre o assunto. De qualquer modo e dada a sua relevância em termos sociais acho que deviam ter mais cuidado nas suas intervenções.
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