São Miguel aparenta ser o resultado de uma (pacífica?) guerra entre o Homem e a Natureza, da qual a última parece ter saído vencedora. Embora a capital, Ponta Delgada, tenha todas as comodidades que se podem esperar de uma cidade (pelo menos enquanto turistas), assim como monumentos de interesse turístico e histórico (portas da cidade, forte de São Brás, diversas igrejas, etc...) o principal atractivo de uma viagem à Ilha são certamente as suas paisagens naturais. Ainda assim, não posso deixar de recomendar que reservem pelo menos um dia para passear pela cidade, e alguns instantes para relaxar com uma bebida nas Portas do Mar (zona de bares/cafés junto das docas, com a entrada pomposamente assinalada, assim como a data da sua inauguração pela ex primeiro ministro José Sócrates). Embora não o tenha desfrutado pessoalmente, penso que também deve ser uma boa zona para diversão nocturna. As ruas são algo apertadas e confusas para conduzir, portanto aproveitem o facto de a cidade ser convenientemente pequena e façam uso das pernas.
Saiamos portanto de Ponta Delgada. O resto da Ilha também não é, na realidades, assim tão vasto, e uma tarde chegaria certamente para dar uma volta completa de carro. Isso, claro, ignorando os miradouros assinalados ao longo da estrada a cada 500m.
Dito isto, e como tempo é limitado, convém certamente fazer um planeamento, no sentido de ver quais os pontos a visitar que se encontram próximos, e qual a sequência por que faz mais sentido percorrê-los. Se não gostam ou não confiam nos guais online e em papel não se coíbam de falar com os locais: os Micaelenses são extremamente simpáticos, amistosos e sempre dispostos a ajudar o pobre do turista. Seja como for, façam por não perder a famosa Lagoa das 7 Cidades, a Lagoa do Fogo (pessoalmente considero-a o ponto mais bonito da ilha), a cascata no Nordeste, a costa Sul de um modo geral (o mar Açoreano é lindíssimo...) e as fumarolas. Imperdível também o banho na água férrea (quentinha) das Furnas.
All in all, São Miguel é o sítio perfeito para uma férias mais perto da Natureza, sem abdicar de qualquer comodidade (incluindo as gastronómicas!), tornando-o uma excelente opção para relaxar e/ou passar um dias com alguém especial. Suponho que também sirva para umas férias mais aventureiras (e bebidas) com um grupo de amigos.
Filipe Baptista de Morais