quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Férias!

Finalmente, férias! Quem de nós não anseia a sua chegada, ao dirigirmo-nos diaramente à escola, universidade ou emprego? Para muita gente calculo que esse sentimento atinja o seu zénite pela manhã, quando o insolente despertador acha que é hora de acordar (no meu caso, infelizmente, é o telemóvel que desempenha esse papel, o seu estatuto protegendo-o assim de eventuais agressões físicas).
Mas o que são, realmente, as férias? Num certo sentido, são as alturas onde podemos dispender do nosso tempo do modo que mais nos aprouver (perdoem-me a provável gralha gramatical, mas como raio se escreve essa palavra?) ou, por outras palavras, fazermos o que nos apetecer. No entanto, são sempre um estado de excepção, não existe aquilo que apelidaríamos de férias perpétuas. Assim podemos considerá-las como a ausência de trabalho, os escassos momentos que nos são concedidos antes de nos chamarem de volta à escravidão. O homem ocioso não tem férias, e apesar de o invejarmos pela sua ausência de trabalho e responsabilidades, ele nunca experimentará a radiosa sensação entrada de férias, especialmente se acompanhada de um sentimento de "missão cumprida". Esses breves dias brilhantes que nos são tão preciosos não serão de modo algum diferentes para ele. apenas cairíam na infindável monotonia do seu quotidiano. Por isso, creio que todos deveríamos agradecer àqueles que nos proporcionam esta maravilhosa oportunidade. Da minha parte, cumpro aqui a minha obrigação. Obrigado IST!

Filipe Morais

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