Hoje, após um elaborado e esforçoso (não para mim felizmente) planeamento, fomos finalmente jogar paintball ao Conflict Camp, nas imediações de Palmela. Que é que isso tem de aventuroso? Ora bem, a maior aventura não consiste no jogo propriamente dito, mas em chegar ao local. E visto de cima até se diria que tudo foi planeado de modo a potenciar esse feito, ora vejam:
-Condutor inexperiente e algo tosco, daqueles que não dá uma pa caixa (e não só das mudanças) cujo nome não vou referir para não ser insultuoso. Apelidêmo-lo de Buba para o resto desta história.
-Veículo que faz barulhos estranhos na auto-estrada (do género de desmontar-se), e cujos vidros só abrem com a ajuda de ferramentas. Felizmente tinhamos 3 pré-engenheiros no jipe.
-Depósito a menos de metade, claro. Afinal, ter a certeza de que a gasosa chega para ir e voltar tira a piada toda à coisa.
-Nada de levar CDs/cassetes. Tem muito mais piada passar a viagem toda a percorrer rádios, sob risco eminente (como de facto aconteceu) de nos cruzarmos com a antena2,de apanhar pequenos relances daquelas "músicas" que odiamos e ainda ouvir pela ...ª vez "I got a feeling".
-Não levar mapas, nem (obviamente!) ninguém que saiba realmente o caminho. Ou o nome do sítio para onde vamos já agora.
-Pedir direcções a velhotes surdos. Esta última levou-nos a um beco sem saída com um campo de futebol...
Verdade seja dita, a viagem nem correu mal, e chegámos com relativa antecedência ao final do percurso visualizado no google maps. Pena este não ir até ao fim, pois havia ainda um caminho de estradas de terra batida a percorrer. À entrada deste caminho, sem ideia da direcção a tomar, sem contactos com o exterior e sem mantimentos para manter o alentejano calado por muito tempo, cedemos finalmente ao desespero. Tentámos cometer suicídio colectivo ouvindo as Non-Stop(estão a perceber porque escolhemos rádio para a viagem e não os CDs?). Como podem constatar não resultou, mesmo quando adicionámos as nossas vozes à festa. De seguida virámo-nos para a religião, tentando chamar a atenção de Nosso Senhor pondo a tocar músicas como "Meu Senhor da Galileia" e "Manda teus Anjos" (bastante divertida esta por sinal). Claro que Ele não ligou peva, pelo que nos voltámos para a última e derradeira esperança: a senhora do café à porta do qual estávamos parados há 20 minutos, e cujo marido nos olhava desconfiado;creio que acreditava que estávamos a preparar um atentado e não podemos censurar, 3 jovens (um com um lenço enrolado na testa) a ouvir música religiosa num jipe parado durante tanto tempo à sua porta não acontece todos os dias certamente. E bem-haja essa senhora, indicou-nos finalmente o caminho para o nosso destino.
Quanto ao jogo, correu exactamente como esperado: muito calor, muito suor, muita sede, muita lama, muita tinta, muita badalhoquice no geral, muita diversão e muita superioridade da nossa equipa. Destaque para o destemido Valério, que mesmo sem balas fez vários adversários renderem-se e para o imparável Fole, o alentejano que rastejou numa poça de lama durante 15 minutos sob fogo inimigo sem possibilidade de resposta, desviando as atenções para que pudéssemos ganhar posição.
Da direita para a esquerda: eu (sim, o da T-shirt cor de rosa), o Fole e o Valério. Atrás o jipe da lego.
Agradecimentos: ao Rolo do meio, pela organização e pelo convite e ao Buba, pela boleia
Filipe Baptista de Morais
sábado, 13 de março de 2010
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"Condutor inexperiente e algo tosco, daqueles que não dá uma pa caixa " Pff até parece, eu só nao sei é como é q nao nos perdemos com os 2 copilotos merdosos que la tavam xD
ResponderEliminarE gostei especialmente do fail do velhote que, quando perguntamos pelo campo de paintball, nos mandou ir para um beco sem saida pq percebeu futebol :P
Bom texto, acho que o teu sentido de humor aliado a uma boa capacidade de transmissão do que pretendes dizer fazem dos teus textos algo engraçado ;).
ResponderEliminarAquele abraço.
hehe, a foto está porreira!
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