sábado, 30 de janeiro de 2010

Corrida Fim Da Europa (Sintra)

À semelhança de alguns posts que tenho feito por aqui, decidi docoumentar e comentar de uma maneira mais metódica as provas de atletismo em que for participando. Peço desculpa aos que não se interessam pelo tema, mas não me parece que faça sentido a criação de outro meio para esse fim.
Como seria pouco viável e ilógico estar a falar de todas as provas passadas, vou falar apenas das presentes e futuras. Começo assim pela Corrida do Fim da Europa (ou um nome pomposo do género), no dia 24 Janeiro de 2010 (aka domingo passado).

A prova é de 17Km em montanha, desde Sintra até ao Cabo da Roca. Como se tratava de uma prova ímpar, tanto devido à distância incomum como ao tipo de terreno, decidi não me preocupar por aí além com o tempo e simplesmente disfrutar da prova. A partida foi dada a horas e o tempo estava bestial inicialmente (enevoado mas sem chuva), levantando-se progressivamente um vento cada vez mais incomodativo. Um frio do caraças como podem calcular, mas que não impediu uns malucos de irem correr de calções e T-shirt (não é o meu caso, como podem ver na foto).
Os primeiros 4Km são ligeiramene inclinados, pressagiando um pouco as dificuldades que se avizinham. Há depois uma série de pequenas subidas e descidas até chegar ao 10ºKm, onde há um verdadeiro problema de altitude(a atitude nunca falha!). Durante pouco mais de 1000m o terreno mantém-se teimosamente numa inclinação agressivamente alta (não vou arriscar um número pois sou mesmo muito mau a visualizar/desenhar ângulos), havendo imensas desistências de atletas nesta zona. Pouco após a placa assinalando os 11000 metros passados, inicia-se uma ligeira descida, que se mantém até ao final.
Terminei a prova com o modesto tempo de 1h33min53s, ficando num também modesto 1015º lugar. No final a organização disponibiliza um buffet de recepção com sandes, sumos e bolos, suponho que num incentivo a que corramos mais depressa na próxima vez (quando cheguei já não havia bolo de chocolate :\), assim como transporte de volta a Sintra e outras localidades.
Uma prova que certamente vale a pena repetir, seja pela vista, pelos bolos ou pelo ar puto da serra que tão bem nos faz (aparentemente o mesmo não se pode dizer do meu Ipod, que morreu no processo).
Um agradecimento à revistaatletismo, por mais uma vez disponilibizar fotos dos atletas em prova.

PS:(as calças de lycra ficam-me mesmo a matar não é?)

Filipe Baptista de Morais

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Estofo de Campeão

Todos já sentimos os efeitos negativos da pressão em momentos importantes. Quem joga futebol sabe o que sente ao marcar um penalty num encontro importante. Quem joga ténis sabe o que sente ao servir num match point. Quem não joga nada certamente que teve a mesma sensação noutras situações distintas mas, com a gentil permissão do leitor, a modos que gostaria de me focar no desporto.
É curioso como, nos momentos determinantes, a nossa mente responde da pior maneira possível, fazendo com que a necessidade de não falhar aumente drasticamente a probabilidade de isso acontecer.
Ora, se já é complicado manter a cabecinha no sítio quando se tá a jogar contra a equipa da rua em frente com a nossa namorada/namorado (não há discriminação neste blog!) que sentirá um jogador profissional com milhares de olhos postos em cima, e sabendo que milhões o verão na televisão? Arrepia-me pensar no que sentiu Terry ao falhar aquele penalty contra o Manchester, ou Abel Xavier(aka Faissal) ao ver a bola tocar-lhe na não no célebre jogo contra a França.
É precisamente nestes momentos que se revela (ou se nota a falta) do estofo de campeão, a frieza para concretizar em momentos de pressão. Embora não tenha sido a minha escolha para carreira profissional, a psicologia é uma área que me interessa bastante, sendo a psicologia desportiva um dos seus ramos mais fascinantes. E, acreditem, o treino físico e técnico é apenas uma parte daquilo que se espera de um treinador, e nem sempre (ou talvez nunca!) o mais importante. Afinal, como nunca me canso de dizer e escrever, 50% é atitude! O futebolista precisa de garra, o tenista de acreditar, o boxer de confiança e concentração e qualquer atleta no geral precisa de estar psicologica e emocionalmente em forma para ganhar. Se entras derrotado, não podes sair vencedor.
Deste ponto de vista, acho mais interessantes os desportos individuais do que os colectivos, pois creio que são mais desgastante moral e psicologicamente. Num jogo de futebol, volley, basket, (whatever) que esteja a correr mal podemos sempre ter a "sorte" de que os nossos companheiros puxem por nós, seja puramente de forma anímica seja através de acções/resultados (ex:fazer empate). Num desporto singular essa força tem de provir de nós: das nossas pernas, dos nossos pulmões, e, essencialmente, do coração e da alma. O tenista que entrenta um breakpoint não pode esperar que alguém lhe salve o serviço. Nem pode serir enquanto faz contas de como ficará o resultado se perder o tempo. Tem antes de fixar os olhos no adversário para que este se aperceba da sua determinação e convicção de que o resultado se irá inverter.
Acredito que, para nos mantermos competitivos, temos de ser um pouco arrogantes interiormente. É certo que é um pouco ridículo repetir-mos a nós próprioes "epah este gajo não joga nada" quando ele nos dá a dar uma tareia, mas tal é sempre melhor do que sentirmo-nos derrotados antes do final da partida. Se deixarmos de acreditar que podemos vencer, ninguém acreditará e, pior, todos teremos razão.
Quando nos encontramos no topo, por vezes sucede o inverso. A mente dispersa-se, pensamos na marca de champagne que vamos comprar para celebrar em vez de nos focarmos em finalizar a partida. Ou pior, entrar para a partida com a sensação de já a ter ganho. Atenção! Entrar acreditando que vamos ganhar é muito diferente de entrar como se ja tivéssemos ganho. Um dia disseram-me que sempre que um treinador diz "estamos confiantes do nosso valor" antes de uma partida dá barracada. É preciso confiança, certamente, mas não demasiada, pois subestimar o adversário pode ser tão perigoso como substimarmo-nos a nós próprios.

Filipe Baptista de Morais

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dinâmica Social

Creio que todas as pessoas, seja por natureza seja por mera pressão social, sentem duas necessidades (quase) opostas.
Por um lado, todos gostamos de nos sentir integrados num grupo e na sociedade em geral. Isto explica o aparecimento de diversos grupos geralmente unidos por uma cracterística ou factor comum, como o sentido de humor, o gosto por um desporto, etc..., levando por vezes as pessoas a mudar para se enquadrarem, como um camaleão que tenta combinar com o chão que pisa, entrando em stress quando tal não acontece. Ilustrada pela célebre expressão "diz-me com quem andas e dirte-ei quem és" esta proposição poderia levar-nos à conclusão de que, no limite, todos tenderíamos a ser semelhantes na maneira de pensar e agir.
Existe contudo também o desejo de nos destacarmos. É geralmente aceite que esta aspiração é mais forte nos homens, tornando-nos assim mais competitivos por natureza. No entanto é certo que todos queremos sentir-nos mais do que um número numa equipa, numa instituição, numa sociedade. Isto leva-nos a tentar acentuar aquilo que nos diferencia dos outros pela positiva (do nosso ponto de vista claro) contribuindo activamente para um distanciamento a nível de pensamentos, gostos, resultados profissionais ou quaisquer outros. É claro que também há a diferenciação entre grupos, sito é, tentamos aprofundar aquilo que une um grupo afastando-o assim do seu envolvente, como uma forma alternativa de destacamento. De facto, quanto mais selectivo for um grupo maior será provavelmente a satisfação de lhe pertencer. Ironicamente, pertencer a um grupo de grandes dimensões também satisfaz os seus membros na media em que se sentem mais sociais.
Bottom Line (literalmente xD): Don't worry, be happy :)

Filipe Morais

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Em tempos de crise....

Para primeiro post deste novo ano decidi mostrar algo diferente, desta feita um vídeo, que espero que traga a todos um pouco de esperança nestes tempos tão conturbados....

http://en.tackfilm.se/loader.swf?shareID=1263597074487RA76&folder=12635

xD

Edit: devido ao vídeo inicializar automaticamente para os utilizadores do Internet Explorer, decidi deixar apenas o link.