quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vai ser engenheiro!


Assim nem é muito mau....pior era se tivesse os distúrbios sem o jeito!

vá pessoal, temos que nos rir com estas coisas :P

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Taras, tiques e afins

Se pedirmos a alguém para se definir o mais provável é ouvirmos uma lengalenga sobre o seu trabalho, a sua família, etc... Ora a meu ver nada disto define uma pessoa: advogados, engenheiros, médicos, seja o que for há muitos, e quanto à família e amigos é simplesmente fugir à questão falando de algo externo. Parece-me muito mais pessoal e singular as nossas taras e tiques, visto que não só nos são inerentes como, pela sua irracionalidade, tendem para a unicidade (claro que com tanto chinoca que há no planeta há-de haver algum com taras semelhantes às nossas).
Assim, com o intuito de deixar nestas páginas (o original foi escrito em papel) um toque mais pessoal, vou tentar enumerar algumas das taras e tiques que tenho e nem a mim escapam:
- Odeio chapéus de chuva. Passo o ano inteiro sem pegar num e mesmo quando me oferecem "boleia" é preciso um grande dilúvio para me levar a aceitar. Ou uma rapariga jeitosa, claro.
- Sempre que vou começar a estudar afio os lápis. E digo "os lápis" porque realmente afio todos os que tiver no estojo embora só precise de um, ou mesmo nenhum porque gosto mais de escrever a caneta. Quando já estão afiados às vezes parto o bico e volto a afiar.
-Enquanto que a maioria das pessoas tem tiques nervosos, eu tenho tiques de aborrecimento. Ou seja, é quando estou aborrecido, sem nada para fazer e a pensar na morte da bezerra (aulas de FE?) que saltam à vista, nomeadamente torcer os dedos e fazer estalidos com a língua.
-Não consigo atravessar uma rua de sentido único sem olhar para os dois lados.
-No ginásio tomo sempre banho nos duches do lado esquerdo.
-75% das chamadas que faço são quando estou no metro. Isto deve-se ao facto de me entediar rapidamente e, portanto, quando não apanho o global, aproveito para despachar os telefonemas que tenho para fazer. Claro que depois a maioria das vezes ninguém consegue ouvir nada do que digo, e acabo por ter de telefonar outra vez.
-Odeio ver mulheres em fato de banho (não confundir com bikinis note-se). Por alguma razão o meu cérebro coloca os fatos de banho femininos ao nível dos suspensórios na escala de sexycidade.
-Faço sempre a barba em tronco nu.
-Gosto de alternar entre estilos de músicas muito distintos quando as ouço no computador. Não é pois incomum ver o meu estado do MSN passar de Rise Against para Mafalda Veiga e coisas do género.
-Adoro atirar o telemóvel ao ar a rodopiar. Claro que por vezes o lançamento (ou a recepção) não é perfeita, o que tende a resultar em graves lesões (do aparelho).
-Quando chego a casa depois de um jogo de futebol ou ténis, por mais quilos que tenha perdido em suor nunca vou imediatamente tomar banho, reservo sempre uns 5-10 minutos para ir ao computador ou dar uma vista de olhos à TV.
-Quando tenho o estado do MSN em "ocupado" é porque estou de facto no computador, o que por vezes não acontece quando tenho "disponível".
-Quem me conhece sabe que tenho claramente uma pancada por jogos de cartas que não podia descurar aqui.
-Não consigo estudar em silêncio absoluto. Daí o meu "ódio" por bibliotecas e afins. Felizmente há imensas salas agradáveis para estudar no IST, onde podemos sempre contar com alguém a ver vídeos no youtube, a jogar jogos online ou a jogar às cartas. Se estiver a estudar em casa (o que evito fazer), ligo a televisão da sala e vou estudar para o quarto.
-A minha 1ª opção de curso foi Engenharia Electrotécnica mas a 2ª era psicologia (felizmente não me meti nessas andanças senão já teria montes de colegas a ler isto e a corresponder distúrbios marados)
-Odeio almoçar sozinho mas adoro jantar sozinho

E prontos(sim, com s), é tudo o que me ocorre por agora. Se alguém achar que deixar passar algum faça favor de o referir.

(edit: 29/06/2010)
Filipe Baptista de Morais

sábado, 8 de maio de 2010

Outros Tempos

Creio que todos achamos engraçados os esforços que as gerações anteriores fazem para se adaptar à actual realidade, nomeadamente as novas tecnologias. É giro o espanto que demonstram perante coisas que nos parecem banais, tal como as pessoas na TV se mexerem quando carregamos nos botões da playstation, falar e enviar fotos e vídeos para pessoas do outro lado do mundo, ou simplesmente chegar a uma máquina no meio da rua e pedir-lhe dinheiro (o meu avô nunca atinou muito bem com esta última). Mas por vezes penso, não seria também engraçado se pudéssemos ver os nossos esforços para nos adaptarmos a esses tempos? Ora vejam:
- Nada de Internet (ou computador já agora). Acabaram-se os comentários no facebook (juntamente com os quizzes e farmvilles, o que até não era mau de todo), as conversas no msn, o envio de emails e outros que tais. Era o fim do "copy/paste", o que significaria que teríamos que nos esforçar realmente para fazer trabalhos no básico/secundário.
-Nada de telemóveis. Isto teria mais implicações que aquelas que consigo escrever em meia dúzia de linhas, ou porventura sequer imaginar. Creio que seria uma mudança tão radical que muitos de nós não resistiríamos. Podemos pensar por exemplo no fim das mensagens, dos "onde estás?", as combinações à pressão, os "digo qualquer coisa quando chegar". Quando telefonássemos àquela rapariga gira que conhecemos na discoteca na semana anterior (toda a gente se sabe que não se diz nada logo no dia seguinte) arriscavamo-nos a ser atendidos pelo pai sargento, com mais vontade de nos cravar de balas que de beijinhos (baseada em factos verídicos).
Não veríamos os jogos de futebol na TV, teríamos de nos contentar com o relato na rádio, tornando complicado avaliar se foi ou não penalty. Claro que como todos vemos com o coração e não com os olhos esta não faria muita diferença. Por outro lado não teríamos que gramar com a TVI, o fim que poderia justificar muitos sacrifícios.
-Ouvir música implicaria trabalhar com aqueles vinis que, qualidade de som ou não, são uns bichos muitos chatos de mexer e arrumar. E para aqueles que, como eu, gostam de misturar sons e bandas distintos tal seria de todo impraticável.
E tantas outras que não me ocorrem ou não quero escrever aqui. Vistas bem as coisas. acho que os nossos avós se adaptam melhor aos nossos tempos do que nós aos deles. Não subestimem o poder da experiência!

Filipe Baptista de Morais