segunda-feira, 19 de abril de 2010

Memento Mori

Embora seja variável e discutível o gosto pelo protagonismo derivado de comentarem os nossos feitos, creio que é ponto ponto assente que todos gostamos que se lembrem deles. Daí a agradável sensação ao fazer aquela magnífica pontuação no bowling, marcar aquele golo espectacular, ou simplesmente despachar um jarro de sangria em tempo recorde.
Mais forte e porventura mais estranha é a vontade de deixar marcas para a posteridade, de fazer algo que seja lembrado após a nossa morte. Para os que não acreditam em qualquer tipo de existência após a terrena tal desejo parece fazer ainda menos sentido, embora continue a existir com igual intensidade. Acredito que isto se deve à procura inconsciente de uma razão para a nossa existência. Se de algum modo mudarmos o mundo em que vivemos, então certamente que a nossa vida teve um significado, talvez até um propósito.
De modo a manter as expectativas na Terra, contentar-me-ia(?) com que se lembrassem de mim como um gajo porreiro.
Aproveito ainda para sugerir aqui que espreitem duas canções que (por uma outra outra razão) me fazem pensar nestas coisas (e quanto mais não seja são grandes músicas):
-Starfire, dos Dragonforce (http://www.youtube.com/watch?v=gNApV7JJfXk&feature=fvst)
-Center Of The Universe, dos Kamelot (http://www.youtube.com/watch?v=3wRreoNRGwk)

Filipe Baptista de Morais

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Casamento Gay

O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi finalmente aprovado após ter sido enviado para o tribunal constitucional. E digo finalmente pois acho que já é hora de tal acontecer. Não é que eu seja propriamente a favor da questão, a verdade é que me estou basicamente nas tintas. Daí que se outros querem a medida aprovada, e também para tentar libertar tempo de antena do telejornal acho muito bem que aprovem a medida. Além de que até para nós heteros pode trazer várias e diversas vantagens (ah, a arte de escrever sem dizer nada!). Quem não está farto de ver aquela rapariga boazona atrás daquele gajo que claramente joga na outra equipa? É que aparentemente elas gostam do desafio que se pressupõe existir no tentar engatar um homosexual (talvez isso explique também porque é que os homens gostam tanto das lésbicas). Mas agora tudo muda. E porquê? Porque o apetecível e desafiante homosexual é agora casado com o seu parceiro de ginásio. E como toda a gente sabe as mulheres (secretárias à parte) não gostam de sentir que são "a outra". Ainda pior se a concorrência for musculada e com pêlos suponho.
Penso portanto que é de facto ocasião para festejar. E quanto às mulheres, gostaria de pensar que aplicarão um pouco da filosofia de Mourinho. Afinal se eles estão felizes, e nós também estamos, porque não hão-de elas estar?

Filipe Baptista de Morais