quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Gotta Love This Girl

Hoje tirei uns minutos para escrever sobre uma rapariga, Zooey Deschanel. Não me vou pôr para aqui a dizer como é bonita, que tem uns lindos olhos azuis ou que é parecida com a Katy Perry. Não, vou aqui abordar o assunto de uma forma estritamente profissional, ou não fosse isto escrito por um profissional.

É provável que a reconheçam pelas suas aparições como atriz, sendo entrado nalguns filmes de algum renome. Aqui posso ressalvar os nomes dos filmes que protagonizou que provavelmente saltam mais aos ouvidos: The Happening (O Acontecimento) , Yes Man (Sim! *) e (500) Days Of Summer (500 Dias Com Verão **). Neste último, a meu ver, faz um papel absolutamente brilhante num filme igualmente brilhante em que contracena com o também brilhante (será que disse brilhante vezes de mais?) Joseph Gordon Levitt que aconselho toda a gente a ver. Mesmo os que não lêem o meu blog. Para os mais desconfiados (ou desconfiadas pois calculo que a maioria dos homens tenha ficado convencida pela fotografia) deixo aqui o link para o trailer oficial do filme***. Não querendo ser acusado de spoiling vou-me limitar a citar uma das primeiras frases do filme: "não é uma história de amor, é uma história sobre o amor". Definição precisa e genialmente concebida de um filme que certamente nos faz reflectir. Aproveito ainda para, nesta linha de raciocínio, recomendar outro filme (este sem a presença inspiradora de Deschanel) que me tocou de uma forma muito semelhante: Alfie (traduzido para Alfie e as Mulheres por alguma razão que me escapa).

Voltando ao que interessa, o que provavelmente muito poucos sabem sobre esta notável senhora é que ela para além de atriz também é cantora, sendo a vocalista da banda She & Him. Com uma sonoridade agradavelmente retro, uma voz indescritível e lindas letras, por vezes acompanhada do "Him" que infelizmente não sei o nome, Deschanel faz de She & Him uma banda que, embora bastante desconhecida, é para mim das mais interessantes que por aí andam. Certamente mais do que a sua (semelhante?) Katy Perry. Para os interessados aconselho canções como Thieves, Change Is Hard, You Really Got A Hold On Me, e Black Hole. Para os que gostam de músicas mais alegres, talvez In The Sun ou I Was Made For You sejam mais do vosso agrado. Deixei o link para a música e video clip oficial de Thieves, simplesmente por ser a minha favorita. De salientar como o vídeo se encaixa perfeitamente na sonoridade retro da banda, e também pelo louvável (embora também lamentável) facto de ela resistir a tiras a roupa nos vídeos só porque sim.

Filipe Baptista de Morais

*Para os mais curiosos ou para os que me seguem à menos tempo este foi o filme que motivou o 1º post deste blog (não contando com o inaugural "Viva o Alasca!"), que remonta já a 14 de Janeiro de 2009. Foram portanto precisos mais de dois para me dar ao trabalho de pôr aqui uma fotografia da jeitosa protagonista...
**Este é daqueles títulos que não deveria ser traduzido, visto perder o trocadilho que o torna engraçado (como já devem ter calculado Summer é o nome da personagem de Deschanel no filmes).
***A canção que ela canta nesta cena do elevador (uma das minhas cenas preferidas do filme posso confessar) é There Is A Light That Never Goes Out. Dos The Smiths, obviamente. Vale a pena ouvir já agora, sendo que eles têm outras músicas interessantes como The Boy With The Thorn In His Side ou Heaven Knows I'm Miserable Now.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Money For Nothing

Descobri recentemente que uma grande música dos Dire Strait tinha sido censurada no Canadá, não podendo ser transmitida na radio. De facto, descobri também que a maior parte das versões disponíveis da mesma são versões curtas censoradas, em que tiraram a estrofe problemática. No cerne da questão está a utilização da palavra "faggot" repetidamente, sendo tal considerado ofensivo:
"The little faggot with the earring and the makeup
Yeah buddy, that's his own hair
That little faggot got his own jet airplane
That little faggot he's a millionaire"

Ora bem parece-me que estamos todos um pouco sensíveis. Em 1º lugar as músicas não reflectem necessariamente os pensamentos do liricista, sendo que neste caso o músico até "encarna" um vendedor de electrodomésticos, sendo os seus ideais obviamente estereotipados (leiam aqui a história de como surgiu a letra que é engraçada). Depois não me parece que haja qualquer incitamento à violência ou à discriminação (de facto aparentemente o homossexual a que se referem era bastante bem sucedido!). Acho assim ridículo e até porventura um atentado à liberdade de expressão que se censure uma canção por tão pouco. Como sou mais liberal, deixo-vos aqui com um grande som:


Filipe Baptista de Morais

sábado, 22 de janeiro de 2011

Tanto Por Dizer

Muitas vezes ocorre-me que deixamos muita coisa por dizer. Não dizemos coisas porque achamos que são óbvias, mas o óbvio pode não obstante ser importante. Nas as dizemos porque já alguém as disse, mas talvez alguém as queira ouvir vindas de nós, ou por vezes temos o dever de o fazer. Não as dizemos porque achamos que podem não interessar ao interlocutor, mas não nos cabe a nós decidir os interesses dos outros e no dia em que alguém perder a capacidade de nos surpreender então também já não grande razão para dizer seja o que for. Não as dizemos porque são difíceis de dizer, mas temos que pensar que o nosso silêncio pode ser ainda mais difícil de ouvir.

Há excepções, claro. De facto, vêm-me imediatamente à cabeça três situações em que geralmente não nos faltam palavras, antes pelo contrário, estas parecem jorrar incontrolavelmente:
- durante um jogo de futebol
- quando estamos a tentar engatar uma rapariga/rapaz
- quando somos donos de um pequeno café

Nestes três casos parecemos ser acometidos de uma verdadeira verborreia, deitando fora tudo o que fomos guardando de forma algo desconexa e, até, estúpida. Talvez se disséssemos menos disparates na altura errada e mais coisas importantes na altura certa a vida fosse mais simples. E não há alturas erradas para as palavras que devem ser ditas.

Filipe Baptista de Morais

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tags

A pedido de várias famílias (na verdade foi só um leitor mais chato que me veio chagar a cabeça) decidi criar um sistema de tags neste blog. Isto permite (supostamente) agrupar os textos por tópicos por mim escolhidos, pelo que decidi também ter algum trabalho e atribuir tags a todos os posts já existentes. Pelo facto de serem muitos (78) e não me recordar plenamente de alguns (este blog já remonta a Janeiro de 2009) estes tags foram introduzidas de forma algo despreocupada e até desleixada. Ao menos assim não destoam creio.
Faz agora sentido referir quais os tags que utiliz(ar)ei, pelo que as enuncio abaixo:

-Corridas
Aqui pus todos os relatos sobre provas de atletismo que frequentei.

-Divagações
Todos os post que são, como o nome indica, simples divagações sobre algo que me chamou a atenção, geralmente sei qualquer tipo de abordagem filosófica.

-Pessoais
Nesta categoria englobei todos os textos em que falo de experiências pessoais, nomeadamente eventos em que participei

-Psicologia e Sociologia
Sob esta alçada coloquei todas as escrituras em que abordo a nossa maneira de pensar, seja enquanto indivíduos ou sociedade. Também alguns textos em que são abordadas características do comportamento em sociedade.

-Reflexões
Todos os textos mais "profundos", inspirados de facto por uma reflexão mais intensa e que não caem na categoria anterior (ou então caem nas duas por razões distintas).

-Reviews
Aqui caem todos aqueles que são sobre ou partem de um livro ou um filme, ou ainda que abordam de forma minimamente aprofundada um dos dois.

E prontos, julgo ter assim descoberto seis categorias não redundantes nas quais consigo englobar todos os textos que vou escrevendo. Logo por azar, este parece não encaixar em nenhuma. Raios!

Filipe Baptista de Morais

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lentamente

E com o final do ano veio também o início de outro e, parecendo que não, estamos em 2011. Lenta mas inexoravelmente o relógio avança roubando-nos os momentos que tentamos agarrar (e também os outros todos mas esses não nos importam). E tudo isto nos passa quase despercebido, facto estranhamente curioso.
Creio que nenhum de nós se sente mais velho do que há dez segundos atrás, mas se falarmos em 10 anos...E no entanto 10 anos nada mais são do que aproximadamente trinta e um e meio milhões de conjuntos de dez segundos (sim o técnico anda-me a fazer mal). Há muitos outros exemplos deste fenómeno: se em miúdos perguntarmos aos nossos pais quanto crescemos na última hora a resposta será invariavelmente nula, ou bondosamente desonesta. Mas claro que todos somos mais altos que há uns aninhos atrás (embora o inverso se possa vir a verificar também). A lição a tirar é que é preciso cuidado com aquilo que aparenta ser desprezável, e também para não desesperarmos quando algo parece não ter fim. Ou não termos esperanças demasiado altas quando alto parece durar para sempre. Afinal, eternidade nada mais é que uma palavra.

Filipe Baptista de Morais

sábado, 1 de janeiro de 2011

Está Feito

Chegámos ao fim de mais um ano e como sempre esta é uma altura de balanço e reflexão. E de festas e copos. Claro que também deveria ser uma altura de balança, de modo a compensar os sempre presentes excessos natalícios e de final do ano (como há sempre aquela dúvidazinha de que o mundo vai acabar ninguém quer arriscar desperdiçar os seus últimos dias com preocupações dietéticas). Enfim, isso fica para o ano.

O ano passado deixei aqui (http://vivoalasca.blogspot.com/2009/12/and-happy-new-year.html) uma lista com algumas das minhas metas para o ano qui se avizinhava. Destas faltaram alguns "checks", nomeadamente junto ao golo de cabeça (a culpa é, obviamente, dos outros jogadores que não sabem centrar), correr a maratona (aqui sim, já confessei que me faltou uma injecção de epinefrina nessa manhã) e despachar as passas. De resto experimentei um (vários) Irish Coffee (é bom), conheci pessoas novas (esta era fácil admito) e fui ao estrangeiro com amigos (ver o Masters Finals em Londres). Mas mais importante que tudo isto fiz muita coisa que não tinha planeado fazer. Isto porque se a vida se limitasse a correr como a planeávamos seria muito aborrecida, poderíamos inclusivé fazê-la toda no papel sem necessidade de a viver. Portanto viva o inesperado e o imprevisível, e viva o Alasca pois claro.

Podia fazer outra lista semelhante à do ano passado, mas não me apetece aborrecer-vos com um monte de coisas do qual metade nunca chegará a acontecer, e que no fundo não interessam para nada. Faz mais sentido limitar os tempos de planeamentos a um mínimo, ficando com mais espaço para os concretizar.

Feliz Ano Novo!
Filipe Baptista de Morais