sábado, 30 de novembro de 2013

VIII GP da Arrábida

No último Domingo rumei à célebre prova do Moscatel: o GP da Arrábida. Organizada pelas Lebres do Sado, esta prova caracteriza-se pelo ambiente informal e divertido e pouco competitivo.

São doze e quilómetros e meio, mas daqueles que custam. Partindo de Setúbal, avista-se imediatamente o castelo de Palmela bem lá em cima, o que é algo assustador. Na realidade a prova não chega mesmo lá acima (uma pena!) mas não fica muito longe.

A partida tem a peculiaridade de ser liderada pela lebre, um simpático senhor vestido de coelho (sorry, não dos distingo) que aparentemente este ano ia com bem mais pedalada que o usual. E se fartou de fazer piscinas ao longo da prova para apoiar todos os participantes, o que é de facto louvável e dá uma nota positiva à sua forma física.

Sensivelmente no 9ºKm, o célebre posto de apoio com Moscatel de Setúbal e bolachinhas de algures. Muito bom. Curiosamente foi exactamente aí que toda a comitiva masculina da minha equipa foi ultrapassada pela feminina. Sendo o final descer, aprovei o ainda leve peso dos anos para recuperar o terreno perdido e terminar a prova em 1h 3m 18s. O espírito competitivo fica para dia 1 de Dezembro, na corrida do Sporting.

Regra geral, uma prova muito agradável e distincta. Não me arrependi de lá ir, apesar do madruganço e de ver o carro a marcar 0ºC no caminho.

Uma ligeira nota negativa para a organização em dois pontos. 1º, o facto de não atribuírem medalhas. É verdade que dão uma garrafa de Moscatel, mas isso gasta-se e depois de vazia torna-se um impecilho um bocado grande para guardar de recordação. Seja como for, eu nunca dispenso a medalha da praxe. 2ª, a confusão que houve na validação dos tempos (nem sequer havia posto de controlo na viragem), com vários prémios retirados e re-atribuídos, e ainda assim provavelmente alguns erros no final. Bem sei que a prova não tem um espírito muito competitivo... mas nesse caso penso que era melhor não entregarem prémios de todo.
Mas, mais uma vez e para não ser mal interpretado, nota geral bastante positiva.




Filipe Baptista de Morais

sábado, 23 de novembro de 2013

It's not you, it's me

My thesis' defence took place last Wednesday. That means that after five full years I am finally parting ways with IST (Instituto Superior Técnico). Yes, I gave that adjective a lot of thought. After considering wonderful, marvellous, tiring, exhausting and lots of others, full seemed about right. It wasn't all rainbows and unicorns, but there were some along the way.

Bottom line is that after five years, two hundred and forty ECTS split into one thesis and almost fifty courses (imagine if it were the other way around!); after many sleepless nights and a similar number of parties, after thousands of mistakes, a lot of theory and a bunch of practice, after learning a lot and teching some, after so many card games in the afternoon and poker nights, after studying and playing football and tennis and skiing, after countless cups of coffee and some cans of redbull, after two ackward conversations for suspicion of fraud, after teaching many of my friends how to play pool and after making those friends, after a lot of beet at Arco do Cego and wine somewhere else, those days have finally come to an end. I could go on for quite a bit longer (trust me on that), but I decided to take pity on the poor reader.

Over the last two years, besides being a student I also worked as a research assistant at ISR (Institute for Systems and Robotics), through which I had the opportunity to continue linked to the school, at least for a couple more years. Why not, then, take the opportunity to extend this important period of my life? Well, as I've learned time and time again along these years, there are some questions which we simply cannot answer Perhaps there is no answer.  Either way, I believe I've finally come to understand the puzzling break-up line it's not you, it's me.

Sometimes everything is not enough and we still need to search for something else. Maybe it's our very human nature that will endlessly tease the explorer whithin use to go on a quest for something that doesn't even exist. And does it even matter, as long as we enjoy the ride? As they say, life's all about the journey, not the destination.

Some months ago I started developping this somewhat weird habit of assigning songs to moments. This was a particularly easy one: enjoy.


Filipe Baptista de Morais

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

About Time

A few days ago, while watching the actually-not-so-bad About Time movie, I was yet again reminded of this wonderful (American?) custom of kissing a girl at 00.00 in New Year's Eve. In Portugal we have a different custom: to eat twelve horrible raisins.

We can despise the Americans for many things. but they sure know how to get their holiday traditions straight. Certainly a beautiful girl's lips taste better than that dreadful fruit. Unless, perhaps, if she has just eaten two handful of them. We undoubtedly love to "learn" and copy things from others, not just Americans. It's about time we start adopting the good stuff.

Back to the movie, if you've watched the trailer you might have noticed the tagline. If you could relive any moment... could you make life perfect? The question, besides somewhat summarising the film's main theme, is quite interesting. If we could. what actions would we undo, what words would we take back? Or rather, would we take action where we stood still and say the words left unspoken?

Sometimes people say they've done something and never looked back, in the sense that they are sure of having made the right choice. I, perhaps unfortunately, do not find myself amongst those ranks. I tend to look back again and again, until I am so much further down the road I can no longer see where it began. This is not, however, necessarily a sad process. There are those things which, when brough back from our sea of memories, always manage to make us smile.

Of course there are many thngs that we would like to have done differently. Still, going back to "fix" them would ruin some of the magic that surrounds our lives, very much like over-planned vacations. There must always be room for the unexpected, the unknown, the mistake. Could you make life perfect by relieving any moment you'd wish?  It's a trick question. What is perfection anyway?


Filipe Baptista de Morais

sábado, 16 de novembro de 2013

Meia Maratona da Nazaré

O fim-de-semana passado participei na 39ª edição daquela que é, por vezes, designada como a "mãe" das meias-maratonas em Portugal. Certamente uma prova emblemática, serviu ainda assim como um excelente pretexto para visitar a Nazaré, deliciar-me com a excelente comida que por lá servem (a bons preços) e ainda dar um pulinho à lindíssima vila de São Martinho do Porto.

Mas este post não é sobre turismo. Não encarei esta prova com granda espírito competitivo, até porque ia acompanhar uma estreante e portanto o objectivo "básico" de terminar a prova já pareceu desafiante que chegue. Tivemos a sorte de ficar alojados num hotel a 5mins a pé de distância do local da partida, o que nos permitiu mais umas preciosas horas de sono e ainda, de forma algo caricata, terminar o pequeno-almoço uns meros 5mins antes da partida.

O percurso em si era bastante interessante, visto que dava apenas uma pequena volta pela vila e depois seguia estrada fora até Famalicão, permitindo aos ávidos turistas como eu vislumbrar algumas novas paisagens. Organização impecável, com uma partida não mais caótica do que o habitual (há que ter em conta que estávamos bem na cauda do grupo...) e bons postos de apoio com água e esponjas para refrescar. Uns chuveiros a partir dos 14Kms também serviram bem esse propósito. O meu IPod, devido à minha falta de preparação, ficou sem bateria sensivelmente a meio da prova, mas confesso que nao lhe senti muito a falta.

Como seria de esperar o apoio da população local foi louvável e inspirador, assim como as lindas paisagens ao longo de todo o percurso. Fiquei curioso de saber se existe alguma prova (de trail?) que inclua a assustadora subida até ao Sítio no seu percurso. Seria um desafio interessante. E uma excelente desculpa para voltar a esta linda terra.

O site da prova refere que esta representa uam boa oportunidade para fazer bons tempos, visto ser maioritariamente plana. Aqui, e a partir da minha experiência (nunca fui bom a analisar os gráficos de altimetria), tenho de discordar. Apesar de não haver, de facto, subidas muito íngremes, a maior parte da parte é consistentemente a subir/descer com ligeiras inclinações. A olho ou de carro mal se notam, mas passados uns quilómetros acreditem que elas pesam nas pernas.

As maçãs de Alcobaça que deram à chegada eram deliciosas, e fiquei com pena de não ter provado uma espécie de bolo seco que também ofereciam. De salientar também o excelente preço de inscrição para uma meia-maratona bem organizada.

Completámos a prova calmamente em 2h3min, nada mau para uma estreante! Para o ano devo lá voltar mas, entretanto, vou pôr as minhas pernas à prova mais seriamente na Meia-Maratona dos Descobrimentos, em Lisboa.


Filipe Baptista de Morais

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os Maiores

Muito recentemente li esta curta notícia, referente aos rankings das escolas nacionais e ao (mais uma vez) excelente resultado que a minha antiga escola (Academia de Música de Santa Cecília) atingiu. Pois bem, está claro que somos os maiores, nada de novo aí, mas para não deixar tristes todos os infelizes jovens que não tiveram oportunidade de a frequentar decidi deixar aqui alguns apontamentos sobra a minha experiência no estabelecimento.

Em primeiro lugar, é uma escola bastante pequena, tendo no meu tempo cerca de 600 alunos espalhados pelos 12 anos. Quem "dá uns toques" a estatística sabe que pequenas amostras têm uma tendência natural para figurar nos extremos das tabelas. Não é disso que se trata no entanto, já que a AMSC figura consistentemente nos lugares cimeiros dos rankings.

Que tem então de tão fascinante? Os professores, de facto, não são maus de todo. Acredito que tal deva ser mais fácil de atingir num colégio privado, em que as contratações e despedimentos são francamentos mais simples, do que numa colégio público. Mas mais do que escolher professores, podem-se escolher alunos. Em primeiro lugar, através das elevadas mensalidades. Digam o que dizerem, e embora ninguém goste de o reconhecer, continua a ser mais fácil para uma criança ter um bom desempenho escolar quando vem de uma família "privilegiada". Posto isto, é ainda possível dar um "empurrãozinho" para que aquele aluno mais problemático que está a estragar as estatísticas ao colégio parta em buscar de novos ares.

Estudar numa escola pequena tem outra desvantagem, que é a aparentemente exponencialização dos níveis de cuscovelhice, que parecem atingir também os professores. O limitado número de colegas também leva a alguma limitação nas nossas amizadas e perspectivas, principalmente tendo em conta que tipicamente todos partilham um background relativamente semelhante.

Nada que não se corrija no futuro no entanto, e devo dizer que não me arrependo de ter frequentado a academia por quinze anos e que a recomendaria sem grandes descargos de consciência. Como em tudo na vida, tem as suas vantagens e desvantagens. Somos os maiores? Talvez. Mas é importante perceber porquê e à custa do quê.


Filipe Baptista de Morais

Porto Fun Race

Após me ver impedido de participar na Maratona de Lisboa decidi vingar-me na Maratona do Porto. Infelizmente já tinha entrado na última fase de inscrições, em que o preço rondava os 60€, pelo que acabei de desistir da ideia. Decidi, no entanto, participar na Fun Race (6Km).

Como o próprio nome indica, encarei a prova apenas como diversão e um bom pretexto para ir até ao Porto passear um pouco, e visitar familiares que tenho por lá. O Porto é de facto uma cidade linda e encantandora, por vezes confundida com um mero pouso de apreciadores de vinho. Os Nortenhos são, debaixo da sua carapaça de gente rude e do pseudo-ódio aos Sulistas (sim, Lisboa fica lá bem para o Sul), bastante amáveis e prestáveis.

 Os 6Km da corrida passaram rápida e facilmente, na melhor das companhias. A partida foi um caos e o percurso era tudo menos plano, mas para uma distância tão curta mal se nota. Fica no entanto a dúvida em relação à Maratona, que tinha ideia de ter um dos percursos mais acessíveis mas que agora já me deixa algumas dúvidas. Talvez para o ano...


Filipe Baptista de Morais

PS: Apesar de ter cronometrado a prova, não faço a mais pálida ideia de quanto tempo levei a terminá-la. Fun Race indeed.