quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A importância do insignificante

Como todos sabem, foi-nos cortada (bem a mim não que aparentemente os estudantes têm estatuto especial) a tolerância de ponte do Carnaval. A maior parte de nós descobriu ainda assim que o Carnaval não é nem nunca foi um feriado; está-se sempre a aprender.

Passos Coelho defende este corte dizendo que não fazia sentido dar tolerância de ponte quando se está a cortar nos feriados, inclusivamente nos religiosos. Tudo certo, excepto talvez esta ênfase nos religiosos. Isto porque parece implicar que esses são mais importantes que os outros; estará isso correcto?

Os feriados não religiosos tendem a relacionar-se com grandes feitos históricos passados (como a Batalha de Aljubarrota, a Implantação da República e a restauração da independência). São assim um motivo de orgulho e união Nacional. Já os religiosos não dizem nada a quem não é religioso. Por outro lado , para os crentes, representam algo mais importante que tudo o resto. É um tudo ou nada difícil de balancear. A religião está ainda intimamente ligada à História do País, pelo que as questões não são tão separáveis assim.

Seja como for, menos um dia de férias é chato para todos. Menos para os estudantes aparentemente.


Filipe Baptista de Morais

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