sexta-feira, 12 de junho de 2009

Bate bate coração

No último sábado fui à 1ª caminhada da campanha Bate bate coração (http://www.batebatecoracao.com/). Para quem não sabe, trata-se de uma campanha a nível nacional (alastrando recentemente para o panorama europeu) que pretende sensibilizar e alertar a população para os problemas cardíacos, como as arritmias, assim como transmitir informação sobre os meios de tratamento disponíveis. Quanto à razão da minha presença, prende-se com o facto de o meu pai ser o cardiologista responsavel pela campanha.
Indo ao que interessa, num dos vários pontos de paragem da caminhada (realizada ao longo do parque das nações), uma simpática enfermeira explicou-nos qual a melhor maneira de medir o ritmo cardíaco identificando também o intervalo "natural". Constatei, algo espantado, que me encontrava um pouco abaixo do mínimo, e referi-o. Ela disse que tal era normal, visto ser jovem e praticar desporto. Ora ser jovem não é um acontecimento assim tão raro quanto isso, assim como praticar desporto sempre me pareceu encaixar perfeitamente com a primeira característica. Como pode então tal não ser considerado natural? Será que o definido como normal para um jovem é ficar todo o dia sentado, alternando entre estudos, comida, televisão e computador? Caramba, sou estudante de engenharia do IST, e pelo menos fama de tudo isso não nos falta. E o facto é que passo mais tempo ao computador do que aquele que gostaria de admitir. Se ainda assim fujo às ditas "pulsações normais", que se passará com os meus colegas de letras e artes que pouco mais fazem que jogar futebol?
Enfim, não desejo ser rebelde ou fugir à norma, talvez esteja na hora de abandonar o ténis e o ginásio e dedicar-me antes ao online gaming.

Filipe Morais

2 comentários:

  1. LOL, pois bem, então eu que sou de letras já devo tar mais lá do que cá (segundo o supra aí mencionado em cima) ahaha :D.

    Abraço.

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