quarta-feira, 22 de julho de 2009

Acontece (aos melhores xD)

Anteontem parti duas cordas da minha pobre raquete de ténis. Tudo aconteceu por volta das 5 da tarde, uma hora razoável para a prática desportiva: suficientemente tarde para não interferir com a digestão mas suficientemente cedo para o sol nos assar como porco no espeto. Back to the point, estava eu concentrado em posição de espera quando se aproxima de mim um serviço "mansinho" (perdoem-me a private mas não resisti, peço ao comum leitor que a interprete como uma simples ironia). Enfim, querendo responder à altura, puxo o braço bem atrás e... prontos, lá se vão as cordas.
Que se sente num momento destes? Creio que o meu primeiro pensamento foi "Bolas, a minha raquete!". Confesso, que foi a minha primeira vez, não estando portanto habituado a este tipo de situações. Mas, também de imediato, não me consegui impedir de sentir a satisfação tipicamente humana de partir qualquer coisa. De onde vem tal sensação? Penso que o acto de destruir algo serve como uma demonstração de poder, fazendo-nos acreditar que temos a capacidade de alterar o que nos rodeia, o poder para mudar o mundo.
Uma última sensação percorreu-me o espírito, desta feita sob a minha condição de tenista. De algum modo, senti o quebrar das cordas como uma mudança de patamar, aliada a uma satisfacção profissional comparável à do miudinho de 10 anos cujo instrutor diz que finalmente pode jogar do fundo do court. Afinal, não é qualquer tenista de fim-de-semana que parte as cordas da raquete, tal sugere já uma certa mestria na arte (por antagonista que possa parecer).
E prontos, lá mandei re-encordoar a raquete. Voltará, a mesma armação, mas não a Mesma.
R.I.P miúda.

Filipe Morais

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