quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Singularidades

Por todo o lado (que é como quem diz aí pelas ruas de Lisboa) se ouve falar do estranhíssimo e insólito tempo que se abateu sobre a cidade: sol e calor (aparentemente são desprezáveis as nuvens que vão e vêm) em pleno Novembro! Ora não é precisamente isso que caracteriza o Verão de S. Martinho? Mas não, é o tempo que está maluco ou ainda, para os mais ambientalistas, é o aquecimento global (ou arrefecimento já que aparentemente ninguém sabe do que se trata).
Esta é apenas uma das muitas "anormalidades" comuns que passeiam por aí. E quem diz "anormalidades" comuns também diz comuns "anormalidades", visto que ninguém se dá ao trabalho de tentar perceber a diferença. Por vezes é até difícil discernir em qual das categorias se encaixa um acontecimento, tão estranha a sua essência. É o caso, por exemplo, dos falhanços do Caicedo. Ou dos "quase golos" do Postiga. Curioso como qualquer coisa traz a esta memória sportiguista estes 2 personagens, não é?
Em contraposição a estas singularidades temos, talvez até em maior número, as banalidades comuns. Estas apesar de serem banais e presumivelmente por serem comuns são bastante mais badaladas (ou talvez seja ao contrário, quem sabe como pensam os jornalistas, essa estranha malta que vai para letras?). Tal é o caso, por exemplo, da gripe A. Comum porque muita gente apanha, banal já tinham apanhado o ano passado, excepto que não se chamava "A" e portanto não assustava tanto. Ao contrário do que muita gente pensa, a gripe A não se propaga facilmente através de qualquer objecto, nem todos os contaminados têm febres altas, poucos dos que as têm chegam a ter complicações de maior e ainda menos destes chegam a falecer. Não parece por isso ser uma doença propriamente letal (o professor de yoga do meu ginásio no outro dia torceu ou creio mesmo que partiu o pé ao descer do estrado, o que não faz do yoga uma modalidade propriamente perigosa para a saúde). Mas longe de mim querer estragar o dramatismo, até porque as farmacêuticas também têm de ganhar a vida.

Por último temos ainda a mais estranha das singularidades, as banais raridades. Estas caracterizam-se por serem banais, e no entanto extremamente raras. De facto são tão raras que de momento não me ocorre nenhuma, mas certamente que andam por aí.

Filipe Baptista de Morais

PS: Antes que me comecem a acusar de coisas como, sei lá, homosexualidade, gostaria de esclarecer um ponto, nunca frequentei uma aula de yoga na vida, apenas ouvi essa história. Não que isso tenha alguma coisa de mal!

4 comentários:

  1. Singularidades?
    Não te esqueças das removiveis, das essenciais e as de tipo Polo!

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  2. Alguém andou a estudar demasiado ACED xD

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  3. " Não que isso tenha alguma coisa de mal " - Seinfeld até morrer. Sabes bem! ;).

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  4. Singularidades...
    Para ser sincero quando olhei para o titulo a primeira palavra que me veio à cabeça foi "Resíduos". Falar do tempo num blog é fraquinho... mas como em seguida fizeste referencia ao pobre momento que o Sporting enfrenta e aos seus grandes(?) jogadores, estás desculpado.
    Se não tivesses feito aquele PS eu até comentava a história do pé partido...
    PS: Andas a escrever muito, vê se separas os assuntos porque assim não me permites falar mal do Sporting à vontade em apenas um comentário.

    Cumprimentos...
    César Coelho

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