sábado, 20 de outubro de 2012

Leitura

Estas férias tive a sorte de retomar o hábito da leitura. Por leitura não se deve entender o displicente folhear de páginas que culmina numa pilha de uns meros dez livros para armazenamento no final do ano; não, refiro-me a devorar de forma insaciável capítulo após capítulo até chegar à última página, só então libertando as mãos do agora inútil volume de modo a as ter livres para pegar noutro. Creio que arrumei uns 7 livros só no mês de Agosto.


 O termo sorte não foi aqui empregue por acaso, estando imbuído de um duplo sentido. Por um lado pretendia afirmar que se tratava de algo feliz, positivo. Por outro pretendia também deixar claro que se tratou de algo fortuito, obra do acaso.

Que a leitura é um bom hábito já todos sabemos. Não o recomendo a toda a gente, claro; sempre fui especialmente contra a algo popular ideia de forçar as crianças sem qualquer apelo literário a ler. De facto, ler quando tal não nos apetece ou o livro nos desagrada pode ser extremamente penoso. Posso afirmá-lo sem sombra de dúvidas, visto que ainda hoje me lembro do sofrimento que foi para mim ler Os Maias, assim como do trauma consequente que demorou meses a dissipar-se. Curiosamente, não me consigo lembrar de informação suficiente sobre o livro para falar mais de 30 segundos sobre ele. De qualquer modo, acredito piamente que cada um deve praticar os hobbies que lhe dão prazer, sendo que todos têm os seus benefícios. E malefícios.

A casualidade do evento prende-se com o facto de não ter sido nem ponderado nem deliberado. Simplesmente aconteceu, apeteceu-me ler e o apetite ainda não se esgotou. Espero que, com o regresso aos trabalhos que já se começa a sentir, essa fome não se desvaneça da mesma forma que apareceu.


Filipe Baptista de Morais





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