terça-feira, 3 de maio de 2011

Aberto Mas Restrito


Durante a semana passada decorreu o Estoril Open 2011, um dos maiores eventos desportivos a tormar parte neste pequeno país. Como não podia deixar de ser dei lá um saltinho, tanto para ver umas partidas de ténis como para "roubar" mais um chapéu de palha. Tenho assim algumas notas referentes a essa experiência:

- Em primeiro lugar creio que é imperativo falar do cartaz, que foi de excelente qualidade (tanto a nível de tenistas como das meninas dos brindes). Em época de crise seria de esperar falta de "incentivos" que permitissem trazer cá os melhores; no entanto creio que a ausência de Federer permitiu financeiramente a presença de muitos outros, pelo que tivémos o prazer de receber grandes nomes do circuito actual (uma palavra que, curiosamente, já não se usa) como Verdasco, Soderling, Tsonga, Simon ou o vencedor Del Potro. Parabéns a ele já agora. Apenas no circuito feminino talvez se pudesse esperar um pouco mais.

- Toda a logística operacional esteve também, a meu ver, impecável. Daí que, apesar das fortes e intermitentes chuvadas, as perturbações ao decorrer do torneio foram mínimas.

- A prestação portuguesa também não foi de todo decepcionante, com um número record de portugueses a integrar o quadro principal e o nosso Gil a ser apenas travado pelo finalista Verdasco, já nos quartos-de-final. Sentiu-se no entanto a falta de Michelle de Brito.

-Deixei para o final a única crítica negativa que tenho para fazer: os bilhetes, que a meu ver foram demasiado caros. De facto, paguei mais por um bilhete para o Estoril Open do que para o Masters Final na O2 Arena (Londres). Certo que este último apenas nos permitia assistir a dois encontros, mas ainda assim... Isto explica, a meu ver, as bancadas vazias ao longo de todo o dia que lá estive. De facto, não são poucas as pessoas que conheço que gostariam de ter ido mas não o fizeram devido ao preço dos bilhetes. Mais gritante ainda é o vácuo que se observa nas chamadas bancadas VIP, com bilhetes oferecidos pela organização. Ano após ano insistem em oferecê-los a figuras públicas que preferem passear-se pela Sponsor's Village, usufruindo das comodidades (pagas com os bilhetes do resto de nós suponho) e sorrindo para as câmaras do que assistir de facto a alguma partida. É lamentável.



Filipe Baptista de Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário