domingo, 10 de junho de 2012

Eurovisão

Deu-se há pouco tempo o último festival da Eurovisão. Não pude deixar de ficar entristecido por verificar que muito daquilo que representa pareça estar esquecido. Mas talvez seja apenas eu que tenho uma visão utópica daquilo que o festival devia ser, visto que toda a gente parece olhá-lo como uma simples manifestação de poderes e relações geo-políticas.

Pessoalmente nunca me interessou muito quem ganho o festival, portanto todas as polémicas relativas às políticas de voto que me passam um pouco ao lado. O que verdadeiramente espero deste evento é ver representações musicais da cultura de cada país, e é isso mesmo que a meu ver está a faltar. Metade dos países canta em inglês, quando a meu deveriam todos cantar na sua língua oficial. Para não falar da Roménia que cantou em espanhol, da Finlândia que cantou em sueco, ou da representante da Grécia que é cipriota. Uma bandalheira.

Outra questão relevante é que não parece claro se o objectivo da competição é expor a cultura do país fazer uma boa performance ou simplesmente expor um bom par de mamas seminuas. Alguns países tentam combinar várias delas, geralmente com melhores resultados. Não foi o caso de Portugal, que mandou uma fadista (até aqui nada contra) mas tentou tornar a coisa um pouco mais POP pondo-a a cantar numa espécie de banda. Decidam-se. Se é para entrar por aí, o que não falta em Portugal são mulheres bonitas.


Filipe Baptista de Morais

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