domingo, 19 de abril de 2009

Mais Um Texto

Cheguei à pouco tempo da nª corrida do metro,(nª=enésima, com n pertencente aos números naturais, se não perceberam alegrem-se e os meus parabéns, saber estas gírias matemáticas idiotas não dá felicidade a ninguém) um percurso de 15km começando em sete rios e terminando no Rossio. Para os leitores mais assustadiços, não se alarmem! Este blog (ainda) não se tornou num diário lamechas e aborrecido, apenas me parece interessante ter uma expeiência concreta sobre a qual "reflectir" (claro que não se pode chamar reflexão aos disparates que surgem por aqui, mas infelizmente a língua portuguesa não tem nenhum palavra para representar tal singela actividade). Ora bem, começando com um ritmo não muito elevado (há que poupar combustível, a crise é lixada) ao chegar aos 6km senti-me suficiente bem para acelerar um pouco, talvez também influenciado pelo alucinante ritmo dos Dragonforce proveniente do Ipod(eles realmente sabem spammar a guitarra eléctrica como ninguém). Ora infelizmente parece que o indicador de combustível não funciona muito bem (e tocar guitarra cansa menos do que correr), pois aos 10km o depósito começou a dar de si. Felizmente a recta final (que na realidade não é uma recta) consistia numa simpática descida, pelo que pude engatar o ponto morto e deixar o motor descansar um bocadinho. Ora ao chegar à marca dos 14km, desta feita ao som dos Rise Against, voltei a acelerar bruscamente (como a maioria dos outros participantes) fazendo o melhor tempo nesse último km(15-14=1, para os de letras). Isto deve-se mais ao estimulante desejo de ir descansar do que propriamente tentar fazer um melhor tempo. Ora bem, que ilações se podem tirar daqui?
1º-Descer é mais fácil do que subir(ah pois é, nós futuros engenheiros percebemos de física e destas coisas).
2º-Não temos grande noção dos nossos limites. A noção que vamos adquirindo advém puramente da experiência, e não de uma avaliação racional da nossa condição física.
3º-Dragonforce e Rise Against são bons sons ( se alguma simpática leitora não perceber de onde tirei esta brilhante conclusão, combinamos um cafézinho que eu explico; se algum gajo não percebeu sinceramente estou-me nas tintas)
4º-O gestor de esforço físico do corpo humano é bastante estúpido. Correr mais rápido para chegar à meta mais depressa e ir descansar é sem dúvida dos raciocínios mais idiotas que já vi. No entanto o corpo tende a obedecer-lhe e não à lógica (que sem dúvida faria uma melhor gestão!) porque deus na sua preguiça e incompetência nos trocou as hierarquias todas (daí os rapazes apaixonados serem tão patetas). Quando morrer hei-de pedir o livro de reclamações.
5º-De qualquer experiência, por mais simples e banal que seja, se podem tirar ilações. Por seu lado, o número de ilações que se podem tirar é proporcional ao interesse da experiência, ao quadrado da imaginação do ilator(isto existe?) e à exponencial da parvoíce do mesmo. Se considerarmos que correr é uma actividade relativamente interessante, penso que podemos concluir que não sou muito dotado nos outros dois factores (ou talvez esteja a suprimir ilações!)
Querendo-me despedir antes de cair pa frente (o meu portátil é frígido e não reage bem ao contacto físico) dou então por terminado mais este texto.

Filipe Morais

3 comentários:

  1. Tu e essas tuas corridas nas maratonas!
    qq dia também me meto numa dessas, fantásticas e aventurosas( acho que acabei de inventar uma palavra nova), corridas.

    Abraço,

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  2. Correr é uma das coisas que melhor sabe, especialmente quando se está a ouvir música e se pode gemer de cansaço e as pessoas confundem com o trauteio da música.

    Queremos fotos das corridas!

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  3. hum só vi isto agora :P fotos das corridas....pois também eu quero mas inda não me deram (so tenho uma ou duas mais antigas).... quando as tiver meto algumas no hi5

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