quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

São Silvestre de Lisboa

Nome da Prova: São Silvestre de Lisboa
Comprimento: 10Km
Data: 26 de Dezembro de 2o10
Objectivos Mínimos: -42min
Desafio Pessoal: -39m 42s
Melhor Tempo em Provas Semelhantes: 39m 42s

Finalmente a tão badalada corrida de São Silvestre de Lisboa, prova para a qual tinha grandes esperanças e expectativas, nomeadamente melhorar o tempo obtido na Corrida do Tejo. Tendo feito prestações satisfatórias nos treinos indoor no ginásio e no Grande Prémio de Natal (apenas uma semana antes) estava confiante de que me iria superar mais uma vez. Infelizmente tal não se verificou mas ainda assim quero deixar aqui o meu balanço e apreciação da prova.


Partida: Ponto positivo para a organização por dividir as zonas de partida por tempos. Ponto negativo para o grande número de atletas que simplesmente ignoraram as indicações para partir mais à frente. Claro que se pode partir da zona dos -40 e acabar por fazer pior (como foi o meu próprio caso) mas não acredito que alguém que já tenha feito menos de 40 minutos (ou que se proponha a fazê-lo) reaja à partida com uma passada de caracol. A estreiteza da rua (de lembrar que estavam cerca de 8000 atletas!) não ajudou obviamente criando-se o já habitual caos neste tipo de eventos.

Ponto de Apoio (5Km): Aqui tenho infelizmente que deixar um comentário depreciativo em relação à organização, pelo facto de o ponto de apoio estar posicionado unicamente num dos lados da estrada e prolongar-se apenas por uns escassos metros. Ora já vi isto acontecer algumas vezes em provas de menos aluência, como é o caso das meias-maratonas, sem nenhum mal daí advir. Agora numa prova deste tipo acontece que é tanta a confusão que os desafortunados atletas que tenham a infeliz ideia de correr do lado oposto podem não conseguir aceder às águas sem interromper a sua marcha. Foi o que me aconteceu, tendo decidido após rápida reflexão que preferia passar o posto em branco a quebrar o ritmo.
Nesta altura ainda estava em condições de atingir o meu objectivo, mas a partir daqui foi o descalabro. Talvez por ser de noite (primeira vez que corria nestas condições), talvez pelo desgaste do piso irregular (género calçada), talvez pelo frio (FRIO!), talvez por falta de sono ou até excesso de treino (2 provas em semanas consecutivas realmente é de evitar) talvez por outra razão qualquer o facto é que a partir deste ponto comecei realmente a quebrar fisicamente. Ainda assim creio que estaria em perfeitas condições de cumprir (pelo menos) os objectivos mínimos fosse o terreno plano. Mas não o era, como saberia se tivesse consultado o gráfico de altimetria que agora disponibilizo aqui:

Peço aqui ao meu caro leitor para ver o que passa a partir do 6º quilómetro. Pois. Subir,subir,subir,subir,subir até ao malfadado marquês que parecia manter-se sempre à mesma distância. Ao chegar ao cimo ainda pensei que, impondo um ritmo hercúleo, ainda conseguiria recuperar o tempo perdido. Mas ainda nem ia a meio da descida quando tais aspirações se desvaneceram com o aparecimento de uma súbita e fulminante dor de burro que me obrigou a abrandar consideravelmente. Ainda consegui tornar a acelerar no final para cruzar a meta a um ritmo mais que decente (há que ficar bem nas fotografias que, nem a propósito, ainda não estão disponíveis), mas o mal estava feito. Terminei assim a prova com uns espantosamente maus 43min 19s, que me valeram um já não tão mau 470º lugar. Há aqui uma lição a tirar, e nos próximos tempos vou certamente esforçar-me por descobrir qual é e aprendê-la.

Filipe Baptista de Morais

3 comentários:

  1. Ei Filipe. Fazia parte das voluntárias do ponto de apoio e devo dizer que toda a gente que quis uma garrafa conseguiu uma e sem ter de parar. Por não teres ido tentar não podes dizer que não era possível. As ordens que nos deram foram as de nos mantermos ali na esquina uma vez que os atletas iam passar por esse lado e não fazer a curva pelo lado mais comprido.
    Gosto destas provas :) Vê-se todo o tipo de gente a correr!

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  2. Ola Sofia,
    Antes de mais aproveito para agradecer a ti a aos outros voluntários da São Silvestre e de todas outras: sem vocês nada disto seria possível e longe de mim querer implicar convosco.
    Sim, como disseste o posto era logo após (ou durante não me recordo claramente) uma curva à esquerda, portanto é natural que os atletas optem por fazer a curva por dentro (do lado esquerdo) encostados portanto ao vosso canto. No entanto há sempre uns malucos que fazem a curva por fora porque gostam de correr mais uns metros, ou para aproveitar para ultrapassar um grande magote de gente. Este foi o meu caso e quando reparei no posto tinha tanta gente entre mim e o outro lado da estrada que não consegui chegar lá, visto que não queria para abrandar o ritmo (sou muito dogmático nestas questões de manter o ritmo).
    De qualquer modo e como já disse não estava a fazer nenhum queixa direccionada aos voluntários, para já porque como referiste essas questões de logística não vos dizem directamente respeito e porque de resto, sem vocês, não havia água de um lado nem doutro xD. Ou então tinham que contratar pessoal para esse efeito o que obviamente ia encarecer a inscrição.
    Continuo a achar que deviam ter postos dos dois lados da estrada, mas prontos é a minha opinião, também não sei se essa decisão não adveio de outros factores, como falta de voluntários etc...
    Cumprimentos!

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  3. Desculpa se parecia agressiva. Agora depois de ler o meu comentário novamente achei-me demasiado dura com a situação.
    Vou tomar esse apontamento claro. Se participar na próxima (como sempre participo) vou tentar avisar para estarmos dos dois lados ou mais distribuídos :D

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