domingo, 2 de setembro de 2012

Directa

Qualquer estudante universitário sabe que não são poucos os colegas que optam por fazer directas a estudar, ou pelo menos sacrificar largas horas de sono a essa actividade. Esta tendência estende-se, aparentemente, aos estudantes do secundário e ainda mais novos. Pessoalmente nunca fui grande apologista desta técnica; a mente fica rapidamente turva quando o sono começa a atacar o que faz o estudo render menos, para além de ser mais rapidamente esquecido. Àqueles que ainda seguem esta política sugiro que leiam isto.

Por outro lado, uma directa é frequentemente a melhor (ou única) maneira de obter resultados rápidos, nomeadamente para terminar um projecto, relatório, etc... Este tipo de trabalhos distinguem-se do estudo propriamente dito por terminarem numa entrega: todo o esforço até ao momento contribui portanto com uma soma positiva de valor. Ainda assim não aconselharia mais de duas de seguida; os efeitos da privação prolongada do sono têm tanto de bonito como de produtivo. Ir para um exame vindo de uma directa pode ser extremamente contra-producente, visto que uma mente cansada dificilmente consegue acompanhar questões complicadas. Confesso que nunca experimentei a proeza, mas sempre me pareceu uma ilação relativamente óbvia de tirar.

Por último convém referir que esses trabalhos noite adentro são muitas vezes interessantes experiências sociais. Conhecemos melhor os nossos amigos e por vezes entramos em contacto com todo o género de personagens. Além de que só a experiência da actividade profissional fervilhante às tantas da manhã já por si é interessante. Nunca me hei-de esquecer de quando tive de esperar na fila para a máquina de café perto das 5.


Filipe Baptista de Morais

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