domingo, 10 de outubro de 2010

Meia Maratona Sportzone


Nome da Prova: Meia Maratona SportZone aka Meia Maratona do Porto e Gaia
Comprimento: Meia Maratona (21km)
Data: 10 de Outubro de 2010
Objectivos Mínimos: - 1h 40m
Desafio Pessoal: - 1h 35m
Melhor Tempo em Provas do Mesmo Comprimento: 1h 35min 14s

De um modo geral foi uma prova bastante agradável, o percurso é em termos práticos o melhor que já percorri aka é plano (e quem me manda viver na cidade das 7 colinas?) e de resto também era extremamente agradável, sendo sempre ao longo da marginal do Douro de ambos os lados (Porto e Gaia). Uma zona extremamente bonita criando assim a perigosa vontade de parar para a absorver melhor. Os apoios não foram maus embora pudessem ser bem melhores: havia apenas um de 5 em 5Km (creio que é o mínimo regulamentar) e apenas davam águas (definitivamente o mínimo regulamentar). No entanto tinham gente suficiente em cada para garantir que todos os atletas recebiam a(s) sua(s) bebida(s) em todos os postos, a sua eficiência garantindo assim a sua suficiência para a prova. Palmas para o Powerade azul na meta (adoro de facto esta bebida). Uma caprichosa sorte permitiu-nos correr sem chuva, embora as inconstâncias do tempo nos últimos dias me tivessem obrigado a levar tanto o equipamento de verão (calções, T-shirt e Pegasus) como o de inverno (calças, casaco e Glide-GTX) para o Norte. O solzinho a espreitar na manhã da prova levou-me a decidir-me pelo equipamento veraneano com a T-shirt da prova. O facto de correr sozinho permitiu focar-me mais nos aspectos técnicos adquiridos em leituras e pela minha curta passagem pelo atletismo universitário: costas direitas, braços soltos, passada larga, calcanhares acima e toda essa treta. Segue uma discrição mais aprofundada da prova.

Partida: confusão é a palavra do momento (para variar um pouco). Os Rise Against susurravam-me (na realidade berravam mas com tanto barulho…) aos ouvidos standing no change to win but we’re not running, o que me pareceu bastante adequado: claro que não havia grandes hipóteses de bater a dezena de quenianos e etíopes que se dignaram a passar por Portugal, e no meio de tanta gente de facto não se corria grande coisa, sendo o início da prova mais parecido com uma desesperada demanda para arranjar espaço para nos conseguirmos mexer (e respirar já agora).

Decidido a não passar a prova inteira a compensar uns primeiros quilómetros desastrosos (como vem sendo habitual) acelerei mal me foi possível de modo a completar o primeiro quilómetro com o parcial de 4m e 31s (geralmente demoro acima de 5m no 1º Km devido ao encavalgamento inicial).

10º Km: Já do lado Gaia a inversão de sentido confrontou-nos com um súbito e agressivo vento-contra. Não querendo comprometer a prova com um mau parcial decidi fazer um esforço extra para me manter no ritmo. Power song on (para esta prova escolhi “Sucked In” dos Jerk) e carrega no pedal. Acabei assim por fazer o meu melhor parcial (consultar tabela abaixo) naquele que foi o quilómetro com as condições mais adversas.

12º Km: Agora eram os Dragonforce quem me tentavam animar (for victory we ride!) mas a minha mente deambulante decidiu reparar na letra da música sobre cavalgadas o que me fez pensar como seria bom ter um cavalinho para correr por mim naquele momento. Mas imediatamente me lembrei que de facto os seres humanos têm mais resistência que os cavalos (e que qualquer outro animal terrestre já agora, em termos de ultra-fundo), e da curiosa teoria segundo a qual os nossos antepassados se limitavam a perseguir as suas presas (aka jantar) até estas simplesmente desmaiarem de exaustão*. Estes pensamentos animaram-me, assim como umas rápidas contas que me fizeram ver que estava bem lançado para cumprir o desafio que me havia proposto.

16º Km: Dor de burro. Burro por no 15º Km ouvir o Ipod (graças ao chipzinho da Nike) anunciar um fabuloso ritmo de 4m/Km e achar que o poderia manter. Felizmente mal voltei a assentar os pés na terra a dor sumiu-se juntamente com as esperanças de ficar preto e correr que nem uma gazela. Bah.

Últimos 100m: Ao ver a linha da meta, ala que se faz tarde! A acabar assim em grande com um (quase) sprint e múltiplas ultrapassagens nos últimos segundos. Terminei assim com uma média de 4m21s/Km, o que corresponde a 13.793Km/h.

Como estava no comboio de regresso a casa sem nada de especial para fazer, fiz estas bonitas tabelinhas com os tempos registados em todos os quilómetros.

-

Parcial de Km

4m31s

4m29s

4m14s

4m22s

4m25s

Cronómetro

4m31s

9m0s

13m14s

17m36s

22m2s

-

10º

Parcial de Km

4m21s

4m19s

4m27s

4m38s

3m53s

Cronómetro

26m23s

30m43s

35m10s

39m48s

43m31s

-

11º

12º

13º

14º

15º

Parcial de Km

4m37s

4m16s

4m21s

4m20s

4m3s

Cronómetro

48m 18s

52m 34s

56m 56s

1h 1m 16s

1h 5m 20s

-

16º

17º

18º

19º

20º

Parcial de Km

4m25s

4m26s

4m22s

4m24s

4m5s

Cronómetro

1h 9m 45s

1h14m12s

1h18m34s

1h22m58s

1h27m4s

-

21º (Meta)

Parcial de Km

4m29s

Cronómetro

1h31m 33s

(há uma discrepância de 12s entre o meu cronómetro e o tempo oficial)

*Estas e muitas mais coisas em Nascidos para correr, brilhante livro de Christopher McDougall.


Filipe Baptista de Morais

2 comentários:

  1. essas tabelas tao uma m*rda

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  2. fixed, tudo pelos meus queridos leitores xD
    vai treinando para fazeres uma como essa ^^

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