domingo, 3 de outubro de 2010

Duros de roer

Um amigo meu decidiu organizar um jogo de futebol em Oeiras, hoje de manhã. Como rapaz precavido que sou, decidi ir ver como é que ia estar o tempo, e as indicações eram de chuva intensa e ventos fortes. Perfeito portanto. Umas mensagens e uns telefonemas e rapidamente se arranjaram 10 malucos (bom 8, tivémos que ir buscar outros dois a outras faculdades quaisquer) do técnico dispostos a ir até Oeiras apanhar chuva na cabeça e vento no focinho. E ainda dizem que a malta do técnico não quer sair de casa para não tirar os olhos do computador, injusta perseguição da opinião pública que gosta muito de generalizar, e ainda mais de dizer mal.

E lá nos fizemos à estrada, num carro sempre a bombar alto som (embora a rádio estivesse desligada) e com as luzinhas da gasolina a piscar (não quisemos atestar para não perder o efeito discoteca). Quarenta e cinco minutos depois encontravamo-nos perdidos algures ao longo da linha, pelo que pedimos auxílio a uma prestável senhora local para nos indicar se sabia onde era o campo, "sim senhor, vira ali à direita e é sempre em frente". Claro que nem 50 metros andamos antes de chegar a uma rotunda, que a bem do código de estrada e responsabilidade civil optámos por contornar desrespeitando vergonhosamente as indicações da senhora e, talvez por isso, perdemo-nos novamente.

Quando finalmente encontrámos o campo foi com alegria que verificámos que de facto estava desocupado e pronto a usar (é um campo grátis portanto há sempre o risco de já estar lá alguém). Claro que não deve haver muita gente a querer levantar-se às 9 da manhã para apanhar chuva e vento no focinho, mas com tanto maluco por aí nunca se sabe. Claro que ignorámos as condições meteorológicas e começámos a jogar a pronto. Porque a chuva molha, mas não magoa. Porque o vento empurra, mas nós empurramos com mais força (benditos os treinos no Mega Arraial da expo). Porque a relva escorrega mas nós não caímos (bom, só de vez em quando). Porque a natureza tá-se nas tintas para nós e queríamos retribuir o favor. E foi um belo jogo diga-se de passagem.

O caminho de regresso foi afortunadamente mais rectilíneo. Digo afortunadamente porque adoptámos a técnica de condução morcego, enfiando-nos por estradas e bifurcações sem conseguir ler as indicações devido à chuva e humidade. Mas Lisboa é grande como tudo, não é assim tão difícil dar com ela não é?

Deixo ainda aqui uma lista dos objectivos que tinha em mente e do seu estado de cumprimento:
- Escorregar e cair de cu: check
- Marcar um golo de cabeça: ainda não foi desta :(
- Ficar parado na auto-estrada sem gasolina: também não, acabámos por ceder e meter uns litros lá pa dentro.
-Correr um bocadinho para estar em forma para a semana: check, depois do treino de resistência na noite de 4ª e de fazer piscinas no parque das nações durante toda a noite de 5ª nada como uma futebolada para preparar ainda melhor o organismo.
-Sujar 2 conjuntos de roupa, ténis e ainda o saco e a garrafa de água: CHECK

Obrigado especial a Filipe Monteiro por proporcionar esta salganhada nesta bela manhã de Domingo.

Filipe Baptista de Morais

3 comentários:

  1. Com que então não conheces a bela vila de Oeiras... =P

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  2. Concordo com o Diogo, devias fazer um texto acerca de Suecas! (vá, também podes fazer de morenas)

    Cumps, César

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  3. agora já conheço melhor! é porreiro do parque dos poetas, o campo de fut5 é mesmo brutal. Eu já fui milhões de vezes a paço de arcos e ao oeiras parque mas enfim, nunca registo bem essas coisas :\

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